sexta-feira, 6 de abril de 2012

. POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


Ao longo das décadas de 70 e 80 o Governo Federal criou várias comissões ou grupos de trabalho para discutir a questão do ensino a distância no Brasil. Segundo Niskier (1996), em 1977 foi criado um grupo de trabalho para estudar a possível implantação de uma Universidade Aberta e a Distância nos moldes da Open University Britânica.
Mais de anos depois no Governo Sarney, outro grupo de trabalho concluiu documento denominado “Por uma Política Nacional de Educação Aberta e a Distância (1989). Neste algumas linhas gerais para implantação da EAD no Brasil foram definidas:
• Proceder ai levantamento da demanda real de necessidade, a ser atendida pela metodologia de EAD.
• Promover a formação de equipes multidisciplinares para a produção de programas.
• Ampliar o acervo das bibliotecas escolares, de modo a incorporar também vídeos, disquetes e outros materiais.
• Incentivar a produção de programas locais de rádio e televisão.
• Apoiar técnica e financeiramente programas e projetos de EAD promovidos por instituições públicas de ensino e organizações da sociedade civil sem fins lucrativos.
• Estabelecer mecanismos de acompanhamento e avaliação de programas e projetos da EAD.
• Aproveitar a infra-estrutura de instituições de ensino médio e superior, para torná-las centros de EAD regionais e/ou estaduais.
• Incluir a metodologia da EAD nos currículos dos curso de educação e de comunicação.
• Oferecer, nas universidades, cursos de especialização em metodologia de educação à distância.
Oferecer cursos de especialização para professores e outros profissionais de ensino superior, em face da carência de recursos humanos com titulação adequada e formalmente exigida (NISKIER, 1996). Somente na década de 90 podemos observar uma gradativa implementação de iniciativas governamentais com certa perenidade. O Ministério da Educação e a Fundação Pinto (TVE – RJ) lança em 1990 o Programa Um Salto o Futuro, com o objetivo de qualificar professores do Ensino Fundamental em serviço, através da modalidade de tele-educação. O Programa TV-Escola, lançado em 1995, por sua vez, constituiu um avanço em relação ao “Um Salto para o Futuro”, ao incorporar e produzir novas formas de aprendizagem para os docentes e novos materiais audiovisuais para uso em sala de aula, contribuindo para a qualidade da prática pedagógica e para formação continuada dos professores em tecnologia da Educação. Alonso (1996) ressalta que em 1993 foi estabelecido um Convênio entre o MEC e as Universidades Públicas Brasileiras no sentido de criar uma Sistema Público de EAD em nível de terceiro grau. A conseqüência prática deste foi a constituição do Consórcio Interuniversitário de Educação p.39). acordo com as demandas regionais, definindo linhas de trabalho em EAD que contemplassem a diversidade, os problemas e as características de um país como o nosso.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei Nº 9.394/96), promulgada em 20 de dezembro de 1996 prevê a implantação gradativa da Educação a Distância (EAD) no Sistema Nacional de Ensino. Conforme Garcia (1998), “a plena entrada em vigor da LDB Nacional apresenta mais de 100 dispositivos que necessitam de regulamentação especial, quer seja do Conselho Nacional quer seja dos Conselhos Estaduais de Educação” (p.37). Porém, no que tange a EAD, as ações governamentais têm sido muito ágeis na promulgação de legislação complementar que define orientações básicas para implantação, credenciamento e avaliação dos programas de teleducação.
O Art. 80 da Lei estabelece que a União incentivará o desenvolvimento de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e, regulamentará os requisitos básicos necessários para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos a distância. O Decreto Nº2494/98 veio regulamentar o Artigo 80 da LDB, definindo a compreensão (oficial) do que é EAD, da oferta, do credenciamento, da autorização e dos exames. A Portaria Nº301/98 normatiza os procedimentos de credenciamento para a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância (www.mec.gov.br).



Trabalho Colaborativo em Rede

Pós-Graduação em Arte-Educação na Escola
Faculdade do Vale do Jaguaribe-Aracati-Ceará-Brasil


A disciplina " Trabalho Colaborativo em Rede, ministrada pelo Professor Kleiton Santiago, vem nos falar que estamos sempre partilhando, assim como a educação está sendo compartilhada na grande rede social que é a INTERNET.
Em que dentro do contexto histórico, o papel da arte e educação sempre foi colaborativa, com uma prática educativa de conhecimentos e habilidades aplicadas pelo o homem, com o propósito de fazer com que os estudantes se expressem, e assumam que são capazes de acompanhar os avanços tecnológicos.
Onde a Educação a Distância, um modelo aplicado a várias décadas, não seja um empecilho para o homem do século XXI, e sim uma maneira simples de começar um sonho de iniciar o Nível Superior na comodidade de sua casa, no seu horário disponível, fundamentando-se no aprimoramento do conhecimento.

Visão Histórica da Educação a Distância




Desde a Antigüidade constatam-se iniciativas de intercambiar informações, de veicular orientações, instruções entre pessoas ou cidades dedicam à modalidade da educação a distância. Tanto na Grécia como, posteriormente, em Roma, as pessoas comunicavam-se através de correspondência (correio), com o intuito de troca de informações sobre o cotidiano privado e/ou da comunidade, transmitindo informações, notícias úteis ao desenvolvimento econômico e social das comunidades. No entanto é na modernidade que se manifestarão as primeiras iniciativas de ensinar determinados saberes sem a relação presencial entre o preceptor (professor) e o aprendiz (aluno).

Por volta de 1728, a Gazeta de Boston (EUA) publicou um anúncio de autoria do professor Cauleb Philips em que dizia: “Toda a pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston” (SARAIVA, p.18). O Curso era o de taquigrafia. Mas foi no século XIX na Europa que o ensino por correspondência vai caracterizar-se como a primeira geração de procedimentos de ensino a distância. Segundo em 1883 na Suécia registrou-se a primeira experiência de um curso de contabilidade por correspondência.

Na Inglaterra (1840) Issac Pitman resume os princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos. A “Phonografic Corresponding Society” foi criada na Inglaterra em 1843. Os alemães fundaram o primeiro Instituto de Ensino de Línguas por correspondência por iniciativa de Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt. Nos EUA por volta de 1873, Anna Eliot Ticknon funda a “Society to Encourage Study at home” e na Pennsylvania, Thomas J. Foster cria um curso sobre medidas de segurança no trabalho de mineração (International Correspondence Institute). No mesmo ano de 1891, a Universidade de Wisconsin passa a ofertar, em nível de extensão, cursos pelo correio. (SARAIVA, p.18). No início do século, mais precisamente no final da Primeira Guerra Mundial, houve procura muito grande por escolarização na Europa Ocidental, tendo em vista a falência dos Estados nacionais, a falta de Segundo recursos e a dispersão espacial dos demandantes, o que impulsionou a necessidade da institucionalização de um ensino a distância. (p.37) a URSS em 1922 criava um sistema de ensino por correspondência para assegurar a formação dos trabalhadores que, em dois anos, atendeu em torno de trezentos e cinqüenta mil estudantes.

Até a Segunda Guerra Mundial várias experiências foram adotadas, desenvolvendo-se melhor as metodologias aplicadas ao ensino por correspondência que, depois, foram fortemente influenciadas pela introdução de novos meios de comunicação de massa, sobretudo o rádio (...) (NUNES, s/d, p 7). Você encontrará no capítulo I do livro de Garcia Aretio “La Educacion a Distancia e la UNED”, um resumo cronológico dos principais eventos que fizeram os primórdios do ensino a distância no mundo e, no capítulo X, uma lista das mais destacadas organizações e redes internacionais que se dedicam á modalidade da educação à distância.

http://www.mundovestibular.com.br/articles/4958/1/O-que-e-educacao-a-distancia-EAD/Paacutegina1.html