quinta-feira, 21 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um aprendizado que fica e transforma

Faculdade do Vale do Jaguaribe
Curso: Arte- Educação e Cultura na Escola
Disciplina: Fundamentos e Práticas de Teatro-Educação
26/05/12- 02/02/12-16/06/12


Com esta disciplina o Professor Nonato Santos  nos levou a uma dimensão mais profunda do que é o jogo, fazendo-nos refletir sobre essa prática não só nas aula de arte que a  escola proporciona, mas que podemos aplicá-la nos diversos espaços da sociedade, como uma empresa. Através dos slids atravessamos as fronteiras do tempo para entendermos como era o espaço do teatro de arena na Grécia, e as diversas maneiras que os atores encenavam em um lugar tão amplo e perfeito arquitetado pelos helenos. Fomos informados que o teatro a italiana foi planejado pelos burgueses italianos, criando assim a caixa cênica, inibindo os atores de atuarem nas praças, e para o povo. Com a caixa cênica foram feitos os chamados camarotes para demonstrarem superioridade e poder. Sem esquecermos do teatro elizabetano, onde Shakespeare montou as suas fabulosas peças de teatro. Ao final da disciplina saimos da visão macro do que conheciamos do "Jogo", e ampliamos o nosso conhecimento ao entendermos a pesquisa do historiador neerlandês Johan Huizinga, quando escreveu em 1938 o livro "Homo Ludens  o  jogo como elemento da cultura". Levando-nos aos diversos caminhos que o jogo pode estar na vida do homem.

Manuel Lima

O jogo, uma dimensão mais ampla


Johan Huizinga (Groninga, 7 de dezembro de 1872De Steeg, 1 de fevereiro de 1945) foi um professor e historiador neerlandês, conhecido por seus trabalhos sobre a Baixa Idade Média, a Reforma e o Renascimento.
Os seus estudos destacam-se pela qualidade literária e pela análise dos acontecimentos, abordando aspectos da história da França e Países Baixos, durante os séculos XIV e XV, como ilustração sobre a última etapa da Idade Média.
Sua obra clássica, O Outono da Idade Média, foi publicada em 1919.
Na sua bibliografia também se encontram trabalhos da juventude sobre a literatura e a cultura da Índia, uma biografia de Erasmo (1924) e outras obras de cunho histórico.
Destaca-se ainda a sua principal contribuição: o Homo Ludens, escrito por ele no ano de 1938.
O regime nazista o manteve preso de 1942 até sua morte.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Johan_Huizinga


Resumo do livro " Homu Ludens "

Johan Huizinga escreveu Homo Ludens em 1938, e é interessante observar a repercussão e importância de sua obra, que ainda hoje é referência a muitos, seja tratando do jogo, que conceitualmente não diverge de brincadeira, seja tratando do lúdico, que no livro é exposto em várias formas de manifestações culturais. Porém, é necessário atentar para o fato de haver limite do contexto histórico que define a cultura, ou seja, passado o tempo de Huizinga, muito mudou. No entanto, sua obra é digna de reconhecimento, independentemente disso, ao que tudo indica, pois seja qual for a época, cultura ou classe social, os jogos e os brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem num mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos, onde realidade e faz-de-conta se confundem. O jogo está na gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar, de criar e de transformar o mundo, onde se apresenta justamente o lúdico. A idéia de jogo é central para a civilização. O jogo vem como uma categoria absolutamente primária da vida, tão essencial quando o raciocínio (homo sapiens) e a fabricação de objetos (homo faber). O homem que brinca de Huizinga, não substitui o homo sapiens, que sabe, e raciocina, mas se coloca ao lado e um pouco abaixo deste, mais ou menos na mesma categoria que o homo faber, que trabalha. O caráter de ficção é um dos elementos constitutivos do jogo, no sentido de fantasia criativa, imaginação. E ao contrário do que muitas pessoas podem admitir, é coisa muito séria e necessária, além de ser um direito. Enquanto o jogo dura, as regras que regem a realidade cotidiana ficam suspensas. As atividades humanas, incluindo filosofia, guerra, arte, leis e linguagem, podem ser vistas como o resultado de um jogo, a título de brincadeira. A escrita alfabética surgiu porque alguém resolveu brincar com sons, significados e símbolos. A filosofia fica como um grande jogo de conceitos. As guerras ocorrem segundo certas regras que lembram jogos e não excluem gestos de cavalheirismo. O lúdico desempenha um papel fundamental no aprendizado. Mas, não é o único componente do jogo. Existem outras funções para o mesmo, como competição e passatempo, contudo, independentemente de isso ser bom ou ruim, o que deve ser visto no jogo são seus aspectos criadores e não os negativos. Assim, buscar-se eliminar quaisquer vestígios de banalização e vulgarização da existência, vendo no jogo a possibilidade do exercício da criatividade humana.
 

homo ludens - fluxos, lugares e imprevisibilidades

Protocolo Jogos Teatrais

Viola Spolin - Vida e obra